A insulina é um hormônio produzido no pâncreas que é responsável por
levar a glicose que está no sangue para o interior das células para que
seja usada como fonte de energia, de gordura nas células e de proteína
nos músculos.
O principal estímulo para a produção de insulina é o
aumento da glicose no sangue após as refeições. Quando a produção deste
hormônio é insuficiente ou ausente, como no diabetes, o açúcar se
acumula no sangue e na urina, provocando complicações como retinopatia,
insuficiência renal, ferimentos que não cicatrizam e AVC, por exemplo.
(Pâncreas)
O
diabetes é a doença que altera a quantidade de insulina produzida,
pois afeta a capacidade do pâncreas produzir este hormônio, podendo ser
desde o nascimento, que é o diabetes tipo 1, ou ser adquirida ao longo
da vida, que é o diabetes tipo 2, e, nestes casos, pode ser necessário o
uso de remédios para controlar os níveis de açúcar ou até fazer o uso
de insulina sintética para simular a ação da que é produzida no corpo.
Como funciona a insulina
A
insulina tem a capacidade de captar a glicose que está no sangue, e
levá-la para os órgãos do corpo, como cérebro, fígado, gordura e
músculos, onde podem ser utilizados para produzir energia, proteínas,
colesterol e triglicerídeos para dar energia ao corpo, ou para ficarem
armazenadas.
O pâncreas produz a insulina de 2 formas:
- Basal: que é a secreção de forma contínua da insulina, para manter um mínimo constante ao longo do dia;
- Bolus: é quando o pâncreas libera grandes quantidades de uma vez, após cada alimentação, impedindo assim, que o açúcar dos alimentos se acumule no sangue.
Existe outro hormônio, também produzido no
pâncreas, que tem ação contrária da insulina, chamado glucagon. Ele atua
liberando a glicose que está armazenada na gordura, fígado e músculos
para o sangue, para que o corpo utilize quando os níveis de açúcar estão
muito baixos, como quando estamos de jejum, por exemplo.
A ação
destes 2 hormônios, insulina e glucagon, é muito importante para
equilibrar a quantidade de glicose no sangue, impedindo que fique em
excesso, causando as complicações do diabetes, como infarto, AVC, perda
da visão e ferimentos, ou em falta, o que causa perda de energia e
força, pois ambas as situações trazem complicações ruins ao organismo.
Quando é preciso tomar a insulina
É
necessário repor a insulina, através de medicamentos com o hormônio
sintético, em situações que o corpo não consegue produzí-la nas
quantidades necessárias, como acontece no diabetes tipo 1 ou diabetes
tipo 2 graves. Entenda melhor quando é necessário o início do uso da insulina pelo diabético.
A
insulina dos medicamentos imita a secreção de insulina do corpo ao
longo do dia, tanto a basal como a em bolus, por isso existem vários
tipos, que se diferenciam pela rapidez com que agem sobre a glicose do
sangue:
Insulina de ação basal
São insulinas sintéticas que imitam a insulina basal que é liberada aos poucos pelo pâncreas, e podem ser:
- Ação Intermediária ou NPH, como Insulatard, Humulin N, Novolin N ou Insuman Basal: tem uma duração de até 12 horas no organismo, também podendo ser utilizada para manter uma quantidade de insulina constante no corpo;
- Ação lenta, como Lantus, Levemir ou Tresiba: é a insulina que é liberada de forma contínua e lenta ao longo 24 horas, o que mantém uma ação mínima ao longo do dia.
Também já estão sendo comercializadas as
insulinas de ação ultralonga, com duração de até 42 horas, o que pode
dar uma comodidade maior à pessoa, diminuindo a quantidade de picadas.
Insulina de ação em bolus
São
os hormônios utilizados para substituir a insulina que é produzida após
a alimentação, para impedir que a glicose aumente muito rápido no
sangue, e são:
- Insulina Rápida ou Regular, como Novolin R ou Humulin R: imita a insulina que é liberada quando comemos, por isso ela inicia sua atuação em 30 minutos, fazendo efeito por cerca de 2h;
- Insulina ultra-rápida, como Humalog, Novorapid e Apidra: é a insulina que tem uma ação quase que imediata para impedir que a alimentação aumente muito os níveis de açúcar no sangue, e deve ser aplicada logo antes de comer.
Estas
substâncias são aplicadas no tecido de gordura sob a pele com o auxílio
de uma seringa ou de canetas especiais para esta função. Além disto,
uma opção é o uso da bomba de insulina, que é um pequeno aparelho que
fica ligado ao corpo, e pode ser programado para a liberação de insulina
basal ou em bolus de acordo com a necessidade de cada pessoa.
Fonte: tuasaude.com